domingo, 12 de junho de 2011

Aos tropeços

Entre goles, afagos e lampejos de paixão
Meu corpo inebriado reclama o teu
Disperso do caminho que tracei
Alojado e surdo aos apelos do que me é premente.
A boca entreaberta soletra teu nome
Que passeia sem rédeas no meu sentir
Os olhos plasmam formas e cores
Da tua imagem desenhada nas curvas do meu desejo
Te quero por inteiro,
Na urgência da pele febricitada.
Te quero me tocando qualquer nota,
Na capela da tua boca salivando prazer.
Te quero sem estar subordinada ao nada
Que se deita entre nós
E paralisa o meu movimento cadenciado
Te quero na totalidade do meu querer,
Às vezes confuso e dividido,
Às vezes soberano e devastador.
Milímetros nos impedem o toque
O roçar de corpos
O engolir de bocas
Que gritam e se espatifam
Nos impedimentos
Nos fragmentos
Que o destino
Nos impõe...
momentaneamente.

Nenhum comentário: